quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Jantar do Dia das Maes

Foi realizado no dia 17 de Maio e contou com a presenca de mais de 250 pessoas de nossa comunidade. A festa foi um sucesso, gracas ao esforco e dedicacao da Equipe de Festas do Apostolado Brasileiro, coordenada pela Ana Alves, Denise Silveira, Alexsandra Silva e Nair Marques. A comida estava excelente, gracas ao trabalho do chefe Tiago.

A decoracao do salao, nas cores amarelo e branco, foi um destaque na noite. Os arranjos de flores colocados nas mesas atestaram o bom gosto da equipe de decoracao. O show de slides, apresentados no telao, um trabalho magnifico do Cesar, mostrou durante toda a festa, diversas maes e familiares de nossa comunidade. A animacao, eficiente, esteve a cargo do Edgar Alves, Adriano e Marcos.

Parabens a todos que contribuiram com o esforco e dedicacao, para o sucesso desta festa! Cumprimentos extesivos a Ricardo Pimentel, Eliane, Nancy, Mara, Sueli, Vera, Monica, Bigu, Ronaldo, Ruth, Gabriele, Stephanie, Alexandra, Dona Jesus, Neto e membros da Equipe da Novena de Natal.
Veja mais fotos do Jantar do Dia das Maes-2008 http://picasaweb.google.com/davysantos/FotosByRicardoPimentelgle.com/davysantos/FotosByRicardoPimentel

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Prata da Casa- JOSE' CRUZ MENDONCA

Todos me conhecem como Mendonca, mas o meu nome e' Jose' Cruz Mendonca. Sou natural de Para' de Minas, em Minas Gerais, e cheguei a New York em 15 de junho de 1965, portanto, vivo neste pais ha 43 anos. No Brasil, eu era agrimensor, fazia medicoes e demarcacao de terras, e atuava como perito oficial indicado pelo Juiz de Direito.

Nesta epoca eu era catolico, mas nao era praticante. Ia a missa de vez em quando, e quando ia costumava sair da Igreja na hora em que o padre comecava a leitura do Evangelho. Fazia isso por falta de conhecimento da importancia que tem a leitura da Palavra de Deus. Quando eu via que o padre tinha acabo o sermao, eu retornava para dentro da Igreja.

Quando cheguei a este pais, eu nao procurei a Igreja de imediato. Fiquei, como muitas pessoas que aqui chegam, mais preocupado com ganhar e mandar dinheiro para o Brasil. Fiz isso durante uns cinco anos, so' pensando em trabalhar e fazer dinheiro. Eu trabalhava durante todos os dias da semana. Depois de um ano nesta vida, eu retornei ao Brasil, me casei e voltei para New York com a minha mulher.

Meu primeiro contato com a comunidade brasileira foi no restaurante, onde eu trabalhava como busy-boy. Junto comigo, eramos doze brasileiros, e trabalhavamos ali em frente a Igreja Saint Patrick, no numero 666 da 5a. Avenida. Este restaurante, que fica no 39 andar, existe ate' hoje. Eu me lembro, dessa epoca, do Ari, da 46, que trabalhava com importacao e exportacao e do Benito Romeiro. Nessa epoca. New York tinha apenas dois restaurantes brasileiros, que eram a Cabana Carioca e o The Brazilians.

Eu costumava frequentar a Igreja de Saint Patrick, por ser pertinho do meu trabalho, onde eu assistia as missas em ingles. A primeira missa em portugues que eu assisti foi na Igreja Most Precious Blood, com o padre Checon. Nao me lembro, exatamente, quem me indicou esta igreja, so' sei que foi atraves de algum amigo brasileiro dessa epoca. De 1988 para ca' eu tenho frequentado a igreja regularmente.

Acredito que, uns cinco anos depois, fui graduado como Ministro da Eucaristia, juntamente com a Aurita, a Sonia, num curso que foi orientado pelo Padre Luis que, inclusive, nos deu os livros que deveriamos ler para o exame que foi prestado junto a um bispo de Sao Paulo, cujo nome nao me lembro agora.

Como Ministro da Eucaristia, temos de ajudar o padre nas celebracoes das missas e, quando necessario, levamos a Eucaristia aos doentes que nao podem vir a igreja. Alem disso, tenho ajudado na Pastoral do Batismo, preparando os pais e os padrinhos para a cermonia, e tenho feito pregacoes nas casas quando sou convidado, e tenho acompanhado, sempre que posso, a Rosa Mistica todas as segunda-feiras. O trabalho de auxiliar o padre na celebracao das missas e' feito em conjunto com a Aurita e Sonia, sob a coordenacao do Padre Jose' Carlos. E' ele quem determina o que e quando devemos fazer. Na qualidade de Ministros da Eucaristia, nos temos de nos apresentar bem vestidos e temos de prestar obediencia ao nosso padre.

Como cristao, eu estou sempre procurando me atualizar atraves de cursos biblicos que tenho feito em diversas entidades catolicas. Ha' algum tempo atras, eu divulgava a Palavra de Deus numa emissora de radio, no Bronx. Fiz isso durante dois anos.

Para concluir, eu queria pedir a nossa comunidade para se fazer mais presente aos acontecimentos da Igreja, e que procurem ler a Biblia Sagrada para tomar conhecimento da Palavra de Deus.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Prata da Casa- OTAVIO & CLAUDIA EMILIO DE MELO

Me chamo Otavio Emilio de Melo, sou casado com Claudia de Melo, e vimos de Para' de Minas, uma cidade mineira, distante 65 kms de Belo Horizonte. Chegamos a New York no dia 02 de Fevereiro, de 2002, e fomos direto para a Igreja Most Precious Blood, aqui em Astoria, para agradecer a Deus pela nossa viagem. Fomos introduzidos na comunidade brasileira pelo Senhor Jose' Cruz Mendonca, que e' tambem de Para' de Minas.

Aqui no Apostolado Brasileiro, somos Ministros da Eucaristia. O nosso trabalho neste ministerio consiste em auxiliar o sacerdote durante a Missa e levar a Eucaristia as casas das pessoas doentes. A nossa preparacao para este Ministerio foi feita, no Brasil, atraves de um curso ministrado pela Igreja. Dois anos depois de terminado este curso, a Diocese de Divinopolis, em Minas Gerais, nos outourgou o Diploma de Ministro da Eucaristia. Isto aconteceu em 1998, na Paroquia Nossa Senhora da Conceicao, em Para' de Minas.

Assim que chegamos em New York, nos apresentamos ao padre Checon, ainda Igreja Most Precious Blood, e mostramos nosso diploma para ele e, em seguida ele nos aceitou como Ministros da Eucaristia. Mais tarde, no mesmo ano de 2002, com a chegada do Padre Jose' Carlos da Silva, nos apresentamos a ele como pessoas credenciadas a exercerem o Ministerio da Eucaristia, e ele nos aceitou, de modo que estamos aqui ate' hoje, com a graca de Deus.

Para finalizar, gostariamos de acrescentar que, no Brasil, pelo menos na paroquia onde servimos, o Ministerio da Eucaristia e' outorgado a uma pessoa pelo prazo de quatro anos. A renovacao deste periodo fica a criterio do padre da paroquia, naquela epoca, o Padre Francisco Pereira. Mas, na verdade, foi o proprio bispo da Diocese de Divinopolis, Dom Jose' Belvino do Nascimento, quem nos convocou para renovar o nosso compromisso de servimos como Ministros da Eucaristia por outro periodo. Mas sabemos que fica a criterio do padre de cada paroquia a renovacao deste compromisso, principalmente visando nao somente a renovacao do quadro de pessoas que servem neste ministerio como tambem a dar oportunidades a outros leigos para que eles possam, tambem, servir a Igreja nesta importante funcao.

Prata da Casa- EDGAR ALVES

Sou Edgar Jorge da Silva Alves, mais conhecido como Edgar Alves. Vim do Rio de Janeiro, mais especificamente, de Copacabana, como todo bom carioca. Minha ultima residência no Brasil, foi na Rua Princesa Isabel 412, casa 18, uma vila ao lado do Teatro Villa Lobos, na boca do Túnel Novo, alí no Leme. Cheguei em New York em novembro de 1990, há 18 anos. Sou casado com a Ana (Alves), há 33 anos.

Nos meus primeiros anos de América, não tive um relacionamento muito próximo com a comunidade brasileira. Conhecia alguns brasileiros mas nunca tive um relacionamento a nível de atividades comunitárias. Naquela época, não havia tantos brasileiros como agora.

A primeira vez que isso aconteceu, ou seja, de me relacionar com brasileiros, no caso a nossa comunidade católica foi, por uma fatalidade da vida, por ocasião da morte do filho de um dentista brasileiro, ambos nossos amigos. Nesta ocasiao, teve uma missa na Igreja Most Precious Blood, aqui em Astoria, e foi assim que eu fiquei sabendo que existia missa em português aqui em Nova Iorque. Até então eu ainda não tinha assistido uma missa em português. Eu e a Ana costumávamos assistir missas em inglês e em espanhol.

Posso dizer que fui apenas para assistir aquela missa, mas aí eu fiquei conhecendo o Padre Checon. Conversamos, e eu disse para ele que eu havia participado de grupos de jovens no Brasil, que eu e a Ana havíamos feito o Curso de Líder Cristão, que nos conhecemos dentro de um grupo de jovens, que eu já tocava nos grupos de igrejas desde os meus quinze anos de idade, e que se ele precisasse de alguém era só me deixar saber.

Foi ai´que ele me apresentou ao Valdemir e a Regininha, que já tocavam no grupo nessa época, e eu comecei a participar com eles, tocando violão. O Valdemir, tocava violão e era o cantor solo. Tinha também a Sueli cantando, e a Marina tocando violão de vez em quando. Essa era a parte musical. No grupo vocal tinha muita gente. O Tião tambem cantava. Mas a maioria era gente que chegava, cantava e nao era muito assíduo. Eram, mais ou menos, umas dez pessoas. E estou aí, até hoje. Já fazem mais de 12 anos. Não, já são 14 ou 15 anos. Desde 1992, ou seja, 16 anos de participação.

No finalzinho da participação do Valdemir eu passei a usar a parte musical da minha vida de igreja e a gente viu que a coisa funcionava. À partir do momento que eu assumi como responsável, o grupo passou a ter uma conscientização musical no sentido de coral. Por essa época, a Gabi (Gabrielle Assunção) começou a participar e foi quando eu comecei a dividir as vozes. Agora, ficou melhor mesmo foi de uns tres anos para cá, quando eu conheci o Ken. Aí eu juntei a minha parte de teoria musical a nível de música e ele entrou com a teoria musical a nível de partitura.

Tanto eu quanto ele, fazemos os arranjos. Como ele tem o conhecimento técnico, fica mais fácil. Eu diria que, depois que nos conhecemos, o grupo passou a cantar como um coral de verdade. Isso pode ser visto, principalmente quando a gente junta os corais para os eventos especiais, tanto em inglês quanto em português, e que a gente faz essa divisão de vozes. Eu diria que, até então, a gente cantava como uma banda, não como um coral.

Eu e o Ken cantamos por prazer e as nossas participações, ou seja, quando tocamos juntos, é algo puramente voluntário. Não existe transação financeira. Agora, se eu não for para a Flórida, partirei para um trabalho, realmente, profissional, com ele. Vamos gravar um CD e o pessoal que canta com a gente vai participar, mas será uma iniciativa totalmente separada da igreja. Aqui e agora, o nosso trabalho à nível musical, é algo totalmente beneficiente, sem vínculo financeiro nenhum.

Já me propuseram pagar uma certa quantia, mas eu disse que não queria. Na ocasião, sugerí que, se quisessem pagar alguma coisa, que pagassem cursos para as meninas que cantam com a gente. Quem paga para a Gabi é a mãe dela, a Ruth, e quem paga para a Stephanie é a mãe dela, a Alexssandra. Elas são meninas jovens e precisam ter um incentivo de uma comunidade que precisa delas. Quando essas meninas crescerem, elas não vão depender da comunidade brasileira para cantar em inglês ou em português. E na hora que um músico do meu calibre ou do Ken ouví-las cantando, ele vai convidá-la para cantar profissionalmente. Elas tem potencial para cantar em qualquer coral. A gente percebe que a Stephanie tem um estilo voltado para o canto em coral, enquanto que a Gabi é mais solista. Ela faz uma coisa dificílima em música, que não é qualquer um que faz, a harmonia musical. Agora, o que acontece é que isso não é muito notado porque eu tenho procurado não individualizar vozes,ou seja, não dar estrelato a quem canta no coral.

Considero a particpação musical dentro de um conceito litúrgico, de uma maneira geral, um show. E porque? Porque toda arte é um show. Agora, existem várias ramificações para um show. O show que nós damos, dentro de um conceito litúrgico, é fazer com que as vozes, e a parte musical consigam tocar o coração de cada um. E às vezes, e eu disse isso numa entrevista em inglês, voce não sabe o que fez voce entrar hoje dentro de uma igreja. Muitas vezes, somente a parte lida nao lhe passa muita coisa, e uma melodia, uma voz mais romântica, mais angelical, consegue lhe tocar de uma forma mais eficiente do que a própria leitura. Voce pode converter ou reverter um processo. Quando voce balança o seu corpo, quando voce fecha os olhos para cantar, o que voce está fazendo é, nada mais, nada menos, do que deixar a música entrar dentro de voce, passando pelos seus dedos ou sua voz. Este é o meu conceito de música.

Nota- O coral está aberto para adultos e criancas que tenham interesse em cantar durante as missas, desde que compareça aos ensaios. Atualmente, o coral ensaia na igreja, aos sábados, de 12:00 pm às 4:30 pm. Para maiores detalhes, favor entrar em contato com o Edgar.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Prata da Casa- SEBASTIAO FERREIRA

Me chamo Sebastião Gonçalves Ferreira, nasci em Belo Horizonte, a capital mineira. Cheguei em Nova Iorque em outubro de 1991 e retornei ao Brasil depois de 7 anos. Em 12 de abril de 2001, eu retornei a esta cidade, e permaneci ate’ agora, ou seja, já fez 7 anos outra vez. Quando cheguei a esta cidade pela primeira vez, morei um mês em uma pensão de uma senhora brasileira, chamada dona Rita, até encontrar uma amiga que vivia aqui e que era, vamos dizer, uma irmã de criação. Na verdade, essa senhora morou em nossa casa, no Brasil, por uns tempos, e a mamãe adotou ela como filha. Ela acabou casando com um porto riquenho e veio morar aqui em Nova Iorque. Morei com eles cerca de 2 anos.

Ter encontrado essa amiga aqui, sem falar nada de ingles, e sem conhecer ninguém, foi um fato muito interessante e que eu consider como um milagre de Nossa Senhora. Tem até uma história muito bonita a esse respeito que eu gostaria de contar prá voces numa outra hora. Nesse época eu não tive contacto com nenhum brasileiro aqui na América, e não tive notícia da existência de nenhuma comunidade brasileira em Nova Iorque. Eu trabalho, atualmente, como assistente de um engenheiro brasileiro numa empresa de fire/alarme. Este engenheiro produz os sistemas de alarmes e presta serviço para as Côrtes e para a Prefeitura de New York.

Depois daqueles dois anos iniciais, mudei-me para Astoria, e foi quando eu fiz os primeiros contatos com alguns brasileiros, a maioria são membros ativos de nossa comunidade católica, atualmente. Era uma turma que tinha muita vontade de criar uma comunidade mas, ainda não era um grupo organizado. Acredito que, por essa época, algumas pessoas deste grupo comecaram a frequentar uma igreja que tinha na rua 61, em Manhattan, e que tenham tomado a iniciativa de dar os primeiros passos no sentido de criar uma comunidade. Não queria citar nenhum nome pois tenho receio de omitir algumas pessoas. Todos foram importantes e eu os consider os pioneiros de nossa comunidade católica. Elma Reis, era uma dessas pessoas. Me lembro tambem da Regina e o atual marido, o Silvino. Hoje eles moram na Flórida. Tem a Soninha e a Aurita. Claro que não me lembro de todos eles, mas essas pessoas trabalharam muito para a criação desta comunidade que temos aqui hoje. Isso aconteceu por volta de 1992. Foi nessa época, que a Elma me convidou para assistir uma missa nesta igreja da rua 61, em Manhattan, cujo celebrante era um padre espanhol que falava português. A partir daí, foi que começamos a ter missas em nossa lingual. Foi nessa época que eu comecei a participar, cantando no coral. Acredito que este foi o início da nossa comunidade.

No Brasil, eu tive alguma experiência de trabalhar em um grupo que existia na Igreja de São Geraldo, no bairro de Rio Branco, em Belo Horizonte. Eu era uma espécie de auxiliar-geral e, vez por outra, fazia parte do Grupo da Liturgia. Mas não cheguei a ser um membro assíduo. Eu ia mais nos finais de semana. Mas eu sou filho de pais ativos na nossa comunidade católica. Meu pai, hoje falecido, José Gonçalves Ferreira, e minha mãe, Joana Matos da Silva, falecida depois que eu vim para a América, eram membros ativos da comunidade de lá. Meu pai, inclusive, era o responsável por uma igreja, na cidade de Sumidouro, perto da minha terra natal.

No início de nossa comunidade, aqui em Astoria, eu cheguei a ser um dos membros ativos, organizando a Liturgia, isso na época do Padre Checon e Padre Luiz, e participando do coral. Eu sempre gostei de cantar. Parei de cantar depois que eu tive um encontro com o Padre Roberto Lettieri, quando ele esteve em Boston e me conscientizei de que o momento em que voce recebea comunhão é muito especial e é um momento de silêncio absoluto de de voce para com Deus.Muitas vezes eu não me sentia muito a vontade recebendo a comunhão e ter de cantar ou de continuar cantando. Na minha opinião voce precisa ter um momento de interiorização depois que voce comunga. Daí eu ter preferido me ocupar mais auxiliando na liturgia, onde posso fazer leituras ou mesmo ser o comentarista das missas. Eu estou me aperfeiçoando com o tempo. Ninguém sabe tudo. Dentro das limitações que tenho com os meus horários, eu me coloco à disposição para ajudar em tudo que for preciso aqui na nossa comunidade.

Bom, além do que tive a oportunidade de falar nesta entrevista, eu quero acrescentar que, vejo esta nossa comunidade como uma família que eu ví nascer, ajudei ela crescer e estou no meio dela. Quando estive no Brasil eu sentí muita falta de tudo isso aqui porque eu amo todas as minhas irmãs e irmãos. A gente, que vive sozinho nesta terra, encontrar e fazer parte de uma comunidade como essa, preenche o vazio que existe em nosso coracao. Retornar ao Brasil depois de ter perdido o maior tesouro da minha vida, a minha mãe, me fez sentir essa realidade em toda a sua extensãso. Ficou uma lacuna muito grande dentro de mim e, tão logo tive oportunidade, retornei para o seio desta comunidade. Daqui só saio se for da vontade de Deus.

Quero aproveitar essa oportunidade para lembrar aos que permanecem aqui, da necessidade de reconhecer o esfôrço e o trabalho daqueles que ajudaram a criar esta comunidade e que tiveram que mudar para outro lugar ou retornar ao Brasil. Mesmo não estando aqui entre nós elas continuam sendo parte desta comunidade. A Cecília e o Xisto, a Rosângela Lima, que foram grandes líderes no início da comunidade. São muitos, e eu não queria citar nomes porque acabo esquecendo alguns. Eu por exemplo, criei e mantenho uma lista telefônica com os nomes de todas essas pessoas e, de vez em quando, faço um contato com um ou com outro, só prá saber como estão e dar noticia de nossa comunidade. Além disso, tenho uma quantidade enorme de fotos que eu fiz desta comunidade ao longo desses anos, e este acêrvo está no Brasil. Um dia eu trarei essas fotos e passarei para voce colocar neste trabalho de registro que voce vem fazendo. Ironicamente, eu fui a pessoa que mais fotografou nesta comunidade e sou o menos fotografado.

Agora, não é só lembrar dessas pessoas que já não vivem aqui nesta cidade, precisamos também reconhecer e valorizar o trabalho dos que permanecem aqui, dando continuidade a este trabalho. Éo caso da Aurita, Dona Zélia, Soninha, Neto, o pessoal do coral e a Alexssandra,por exemplo. Que os demais que eu não mencionei os nomes mem perdoem. Agora, nao podemos deixar de agradecer muito ao nosso Padre José Carlos, essa pessoa maravilhosa que chegou na hora que esta comunidade mais precisava dele. Graças à determinação e ao esfôrco dele hoje podemos dizer que a nossa comunidade chegou ao topo.

Entrevista concedida a Davilmar Santos, em 13/julho 2008.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Prata da Casa- ANTONIO CESAR QUEIROZ

Meu nome e' Antonio Cesar Queiroz, sou conhecido como Cesar, e cheguei em New York em 2001, poucos dias antes do atentado de Set/11, vindo de Rio dos Passos, em Minas Gerais.

Juntamente com a Nancy, ja' participavamos de grupos de renovacao carismatica, no Brasil, e quando chegamos aqui ficamos sabendo da existencia de grupos semelhantes na comunidade de Boston e em New York. Mais ou menos dois meses depois, descobrimos o Grupo de Oracao que havia na Igreja Most Precious Blood. Fizemos contato, nos apresentamos e comecamos a frequentar as reunioes, que eram feitas nas noites de sexta-feiras.

Alem de participar do Conselho de Pastoral do Apostolado Brasileiro, coordenei durante alguns anos o Grupo de Oracao Menino Jesus, com o qual visitavamos as familias para orarmos juntos, e aproveitavamos para divulgar e conversar sobre os misterios eucaristicos. Este grupo, depois de ficar paralisado por cerca de nove meses, devido a causas diversas, deu lugar, recentemente, ao Grupo de Oracao Jesus Sacramentado, com o qual continuamos a mesma pratica de visitas as familias para oracoes e divulgarmos o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Juntamente com este trabalho, devido ao numero, cada vez maior, de pedidos de oracao por doentes, sentimos a necessidade de organizarmos um grupo aberto de intercessores, que rezam em suas proprias casas e nos horarios que acharem convenientes. Sao pessoas que acreditam no poder da oracao e utilizam esta forca para pedir por doentes e por aqueles que necessitam de uma graca, junto a Jesus Sacramentado. Temos uma lista onde incluimos os pedidos de oracoes e copias desta lista sao confiada aos membros desse grupo de intercessores, aproximadamente, 30 pessoas, que rezam diariamente o Terco da Misericordia, por aqueles que pedem nossas oracoes.

Nos encorajamos as pessoas que se sintam acariciadas com a graca desta vontade de rezarem por seus semelhantes, que nos procurem para que possamos juntos dar continuidade a esse trabalho. Da mesma forma, todos aqueles que sentirem necessidade de nossas oracoes, para si ou para alguma pessoa da sua familia, ou mesmo de amigos, que nos procurem para que possamos incluir os nomes em nossa lista. Tem sido gratificante tomarmos conhecimento dos inumeros casos de curas e de gracas alcancadas por pessoas que fieram parte de nossa lista de pedidos de oracoes, e isto nos da' forcas para continuar com essas oracoes.

Ha' um caso, ate' um pouco engracado, que vou narrar aqui, sem dar nomes aos bois. Uma pessoa que conheco mais ou menos, que nao tem nenhum envolvimento com igreja ou religiao, pelo menos que eu saiba, outro dia me encontrou num supermercado, e conversando deixou escapar que estava passando por um momento dificil devido a uma doenca seria, e eu fiquei com aquilo na cabeca sem saber exatamente o que fazer. Conversando com a Nancy, minha esposa, eu disse pra ela que iria perguntar a tal pessoa se poderiamos inclui-lo em nossas oracoes. Se ele nao se importava. Demos uma volta no supermercado e o encontramos. E ele nos respondeu, Ok, tudo bem..., como se dissesse, por nao ser uma pessoa religiosa, Que mal isso vai fazer?

Incluimos o nome desta pessoa em nossa lista de oracoes. Passados cerca de seis meses ele nos deu a noticia de que algo surpreendente teria acontecido, que ele esta' bem e que os medicos nao sabem a que atribuir essa melhora em sua saude. Acrescentando, ele nos disse, que acha que poderia ter sido um desses "milagrosos chazinhos chines" que ele teria tomado, e que ele nem fez questao de comentar com os medicos que cuidaram do seu caso. O que importava era que ele estava bem. Fiquei com vontade de dizer para ele que aquele "chazinho chines milagroso" tinha um nome, e que ele se chamava Jesus Sacramentado. Mas me contive e dei gracas a Jesus por mais essa graca.

Para finalizar, eu gostaria de pedir as pessoas que queiram ser intercessores, que se unma a nos neste trabalho maravilhoso. Que tenham a coragem de romper as barreiras desse egoismo de so' pensar em si mesmo, e que possam experimentar essa grande graca divina que e' poder doar um pouco de si, do seu tempo, rezando num cantinho de sua propria casa, sem que ninguem saiba, sem esperar por nenhuma recompensa, num verdadeiro ato de amor e de caridade por seu semelhante.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Ir. Miria T. Kolling - Entrevista

Tive a oportunidade de assistir uma palestra sobre Canto Liturgico, com a Ir. Miria, em outubro de 2007, aqui em New York, na Igreja Nossa Senhora da Pompeia, em Manhattan, acompanhado de um grupos de amigos do Apostolado Brasileiro da Diocese de Brooklyn. Foram quase duas horas e durante esse tempo tive o prazer de ver e ouvir, pela primeira vez, essa doce criatura de Deus, conhecida no Brasil e em varios paises como Ir. Miria. Quem a ver nem de longe imagina estar diante de uma mulher magnifica, cheia de energia e otimismo, cujo carisma e entusiasmo aflora por todos os poros contagiando e magnetizando a todos com seu conhecimento profundo da importancia do canto e da musica na liturgia.

Ao final de sua exposicao, tive de esperar alguns minutos para me aproximar, pois todos os presentes a solicitavam para fotografias. E ela atendia a todos com um sorriso estampado na face. Ao saber que eu queria entrevista-la, de pronto concordou. Mas havia um pequeno problema: era o seu ultimo dia em New York. No dia seguinte deveria viajar, logo nas primeiras horas, para Boston, onde era esperada para uma serie de palestras e de aulas de canto liturgico. A entrevista deveria ser feita por e-mail.

As perguntas foram enviadas e, depois de algumas semanas de espera, as respostas chegaram. E que respostas! Estou certo de que, depois de lerem, todos voces terao a mesma impressao que eu tive ao conhece-la, a de estar diante de uma estrela cheia de energia e fonte inesgotavel de sabedoria e conhecimento para aqueles que tem sede e fome de saber mais sobre a importancia do canto liturgico na celebracao de uma missa.

"Os ministros da música – grupo de canto, instrumentista, dirigente do canto, salmista – fazem parte da assembléia e devem ajudar toda a comunidade a participar da Celebração. Por isso mesmo, o espaço que ocupam (o ideal é entre o presbitério e a nave, onde está o povo, e nunca de costas para o altar), a roupa que vestem, o modo como cantam e tocam, tudo deve levar à oração e vivência da fé, integrados na comunidade, pois não estão lá para dar show ou exibir sua voz e abafar o canto do povo (usando microfones altos, por exemplo), mas para servir a assembléia e dela fazer parte. A função dos músicos é cantar com e não para a comunidade. Por isso, ensaiar antes da celebração, observar o silêncio, participar da oração, prestar atenção às leituras, enfim ter uma postura digna, de modo que o coração viva o que cantam os lábios. Isto é “postura espiritual”.

Leia a Entrevista completa com a Ir. Miria: http://nossagentenossahistoria.blogspot.com/2008/02/ir-miria-t-kolling-entrevista.html

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Festa Junina 2008- SUCESSO TOTAL!

A Festa Junina deste ano foi um grande sucesso, gracas a participacao e ao esforco de todos. O publico compareceu em massa, apesar do calor intenso.O mais engracado e' que a data escolhida para este evento, 07 de junho, foi escolhida, justamente, porque queriamos escapar do calor escaldante da segunda metade do mes de junho. Mesmo assim, a festa foi um sucesso de publico.

Nossos patrocinadores foram recepctivos aos nossos pedidos de doacoes de modo que nao faltaram brindes para serem sorteados durante a festa. Nosso muito obrigado ao restaurantes Favela Grill, Barril Grill, Malagueta e Copacabana. Tambem agradecemos a colaboracao do Salao de Beleza Natura SPA e do distribuidor de frutas e vegetais Celturk.

A equipe de voluntarios, mais de 100 pessoas de nossa comunidade, coordenada pelo Neto (Luis de Campos), trabalhou incansavelmente para que tudo acontecesse da melhor maneira possivel. Todos estao de Parabens!